Formas agradáveis e apropriadas de começar o Dia das Bruxas

A escrever sobre comunicação organizacional. Seus primórdios.
A chegar ao trabalho quase duas horas antes da hora de entrada.
A ficar à porta, por não ter chaves.
Na reserva.

Palavras que eu uso muito

(na dissertação)

Dimensão
Visão
Esfera
Realidades

Caso encontrem por aí um poço de sinónimos, não se inibam na sua partilha.

Lar doce lar

De manhã, uma dor no pé que ainda se sente.
No regresso a casa não há água. Nem previsão para voltar.

Cedo erguer

É sair da cama e bater logo com o pé direito na parede, até ficar a doer o dedão.

Num surto de loucura, sobre a dissertação de mestrado

                                                                                                                                                                                          Zooey Deschanel

Eu até gosto disto.
Adenda: Estou a ter a sensação de estar a pesquisar e a escrever sobre algo que já pesquisei e já escrevi. Só não encontro no computador para o provar.
Adenda 2: Yes, yes, yes! Encontrei!
Adenda 3: So, so happy! Este texto era tudo o que eu queria e precisava. Nem acredito que me esqueci de o ter escrito.

Guilty pleasure

E para ficar acordada, nas noites de domingo, é sempre necessária a característica voz da Teresa Guilherme. Não se apoquentem, almas apoquentadas. Espreito a Casa dos Segredos e continuo a saber a tabuada. Deve ser porque equilibro o serão com definições de relações públicas, capítulos sobre o método e análises em SPSS. É a balança da vida.

Notas soltas

                                                                                                                                                                Amanda Seyfried

Os dias ficam mais pequenos, e não é apenas em luz. Outubro está a acabar e, depois de mil posts sobre o mesmo, acredito que não precise de vos explicar o quanto isso me assusta. A saga vai ter um fim. O que não deixa de ser, em simultâneo, a melhor coisa do mundo. É claro que a frequência de visitas a este blogue diminui. As minhas, espero. Porque há isto e aquilo por fazer, aqui e ali por ir e todo um dever a cumprir. Pelo meio, fiquei sem óculos. Já vos tinha dito? Perdoem-se se estiver em modo bis, mas ultimamente os meus neurónios estão preenchidos com outro tipo de informação. Pois sim, os meus óculos foram atropelados. Duas vezes, e à minha frente. Valha-me o senhor arrumador que os resgatou antes da terceira. Com isso, vieram muitas dores de cabeça. Não das figuradas, das reais, que nem sempre passam com um comprimido. As noitadas passaram de difíceis a inexistentes e o dois outros "dês" ocuparam o meu dicionário: desistência e défice (de páginas, pois sim). O fim-de-semana, como se sabe, é para repor energias. Em teoria. Só em teoria. As gastas, porém, sabem melhor e são em família. 

Quarta-feira, enquanto falava ao telemóvel e andava na rua com dois sacos, uma mala gigante e um guarda-chuva no braço, espetei a vareta do último dentro da minha narina esquerda. Quase a senti no cérebro. Fiquei a deitar sangue. Fui ouvir a Carolina Deslandes, e jantar no feminino, com conversas que só se têm com grandes amigas, enquanto me deliciava com as batatas fritas mais gordas de Lisboa. Saí e apanhei uma molha. Entrei em versão constipada. Fui ao centro comercial no dia seguinte. Estacionei e tinha uma poça de água gigante ao lado. Descobri-a depois de tropeçar e cair de rabo, redonda no chão. Uma mulher aguenta a calçada portuguesa de saltos altos o dia inteiro, e depois deixa-se fazer a espargata para as câmaras de vigilância. Fui à procura de umas botas, não havia o meu número. E o encontro de última hora com a aranha? Nem me digam nada. Sem botas novas, fui ao armário antigo. Dentro das cinzentas estava a viver um bicho peludo de patas finas e gigantes. E eu, armada em esperta, achei por bem aproximar-me muito e ficar pasmada em frente à maior aranha que já tinha visto. Decidi, como qualquer pessoa faria (não!), tirar-lhe uma fotografia. Pois virei-me para agarrar no telefone e o animal fugiu. Escusado será dizer que tive duas noites a dormir na sala, até o meu pai ter destruído a criatura. E podia continuar. Há coisas que, ao domingo, já me escapam. Palpita-me, contudo, que este parágrafo já é perfeitamente capaz de vos elucidar relativamente à minha semana.

Depois dizem-me que não venho ao blogue e mimimi. 
Pudera.

Bloggers chatas

                                                                                                                                                  Bridget Jones's Diary (2001)

Só escrevem sobre os preparativos para o casamento.
Só falam da gravidez e do bebé.
Só abrem o painel de edição do blogue para comentar o avanço da tese.

A última, já sou. 
Falando nisso, vinha aqui para mais uma reflexão profunda sobre a minha mais recente descoberta. Isto de observar o meu comportamento de rejeição a um trabalho em que eu, e eu só, por livre e espontânea vontade decidi fazer e, pasmem-se, pagar (que um mestrado dá para ir umas quantas vezes encher o carro ao Continente) tem muito que se lhe diga. Já me estou a topar. Aos poucos e poucos, vou enganando as minhas manhas e contornando os disparates a que me proponho. Por exemplo, hoje percebi, perfeitamente, que a única forma garantida de escrever algo que se aproveite, com uma produtividade de topo, daquelas que me faz dormir descansada da vida, é não fazer absolutamente nada nas horas anteriores. Se chego a casa e abro logo o word é certo e certinho que, por muitas horas que olhe para ele, nem um ponto final aparece a mais. Ontem foi assim. E o resultado foi acordar, esta manhã, ainda o sol não tinha nascido, preocupada e com vontade de abrir o computador, ainda de olhos fechados.

Dia 17. Fixem todos. Dia 17.

Entretanto, descobri-a

O domingo, com atraso

Ontem estive o dia inteiro sem ligação à Internet. Para ser mais precisa, o corte teve início na madrugada de sábado para domingo e só terminou às quatro e dezoito da manhã. Não, não estava a olhar para o relógio, mas o meu telemóvel insistiu em fazer uma barulheira quando as atualizações do Facebook e e-mail voltaram a funcionar, ignorando por completo que nem há vinte minutos me tinha deitado. Curioso ou não, foi a noite em que mais trabalhei e em que mais produzi. Mas não quero mais disso. Sou perfeitamente capaz de passar sem conexão ao mundo virtual, caso tenha a possibilidade de o fazer com o real. Ora, fechada e obrigada a assim o estar, por um trabalho que tem menos de um mês de vida, as coisas ficam muito complicadas. Posso afirmar, sem grandes rodeios, que estive à beira da loucura. Esperneei e dancei pela casa, como se isso fosse mudar algo. Quando, às 11 horas, a senhora da Zon afirmou, com a maior tranquilidade do mundo, que cinco da madrugada era apenas o prazo máximo para a resolução dos problemas, quase que me apeteceu bater com a cabeça contra a parede até esquecer a informação. Passei o dia na esperança que tivessem exagerado, em muito, o horário, para que pudessem ter margem de manobra e ficar bem vistos. Está claro que nada aconteceu.

Hoje saí da cama sem saber bem como, fui tratar da dissertação ainda antes de chegar ao trabalho, dei boleia para a escola à irmã, passei a hora de almoço à procura de materiais inexistentes e toda a tarde a tentar satisfazer pedidos de todos os lados. Estou de rastos, ainda que naquela fase em que me encontro demasiado cansada para o sentir. Estou aqui a fazer um esforço descomunal para permanecer acordada e acabar aquilo que quero. Em vez disso, como qualquer mente morta, distraio-me ainda mais do que o normal, trabalho ainda menos do que o costume e insisto, mais do que sempre, para mudar esse rumo. Há horas que nada. Nem uma nova palavra, nem uma nova pesquisa. A folha está em branco, mais ou menos como a minha cabeça. A teimosia, porém, mantém-se hirta e com vontade de triunfar. 

Há dias em que me convenço de que, afinal, posso ser a Super Mulher. 
O ego já cá canta. E outras vozes, também. No Youtube, que com música, tudo fica incrivelmente mais fácil.

Sábado para pôr as ideias em ordem



A esta altura do campeonato, creio já não ser preciso explicar a ninguém que preciso de estar rodeada de tachos e panelas, aromas e texturas, imersa em sabores e somente preocupada em tentar criar algo novo, para pensar com clareza. Hoje foi assim. Receitas mais logo.

Eu já gostava desta música

Mas com esta voz, sobe 300 pontos.


You know i'd never ask you to change
If perfect's what you're searching for
Then just stay the same

Tentei fazer um apanhado dos meus modelos preferidos. Não consegui: não é suposto os "apanhados" serem gigantes

Este tempo é um caos. E não o digo no sentido pejorativo de que toda a gente hoje se lembrou. Parece que nunca viram chuva! É uma chatice sim, baralha-me as ideias e faz-me ficar sem saber o que vestir (tanto que hoje fui trabalhar de All Stars e com uma camisola de malha pingona). Mas vá, a água faz falta e temos que nos saber adaptar à mudança. A todas, claro, é uma capacidade importante. Mais ainda a uma destas, que sabemos que volta todos os anos e que fica por um tempo limitado. Já era hora! Este tempo é uma chatice sim. Para mim, todavia, o pejorativo reside noutro mal, num que dá pelo nome de botas e que é só o calçado mais caro de todo o ano, e também o meu preferido. Nem posso entrar numa sapataria, que quero logo tudo. É horrível, simplesmente horrível.

Marcamos encontro?

                                                                                                                                                                               Emma Watson

O dia começa com pequenas vitórias, porque é devagar - neste caso, quase a morrer - que se vai ao longe. De hoje a um mês, se tudo correr bem (e se não correr naturalmente, será forçado a tal), a dissertação é entregue, e eu vou festejar a noite toda. Sim, eu sei que ainda tenho que a defender, e preparar-me, e enfrentar as perguntas assustadoras de um painel de pessoas que vai julgar o que eu escrevi. Não estou preocupada. Gosto de apresentações orais e se há coisa que, agora e ainda mais daqui a um mês, eu domino é o tema sobre o qual estou a pesquisar e a redigir há um ano. A defesa é apenas para saber quanto vale o que eu fiz. O dia 17 é para a minha paz de espírito. Não o de hoje, mas o de hoje a um mês.

Histórias

                                                                                                           Anouk De Heer 

Isto de estar sem óculos só faz dores de cabeça em frente ao computador, sobretudo quando a luz natural acaba. Ainda estou para perceber como é que hoje, que é noite de deitar às tantas (marcada na agenda, que ontem foi intervalo para descanso), vou manter os olhos abertos. Já estão semicerrados e nem do sono é. Quem me manda ser míope, com tantos outros caminhos que poderia ter escolhido percorrer. Em pequena, lembrei-me até de partir a cabeça, mas não fui para a frente com os danos cerebrais (em teoria). Quando a vida me deu uma segunda oportunidade, a de ser pitosga, não quis arriscar perdê-la. 

Hoje é um daqueles dias em que apetece reescrever toda a história. Não sei bem se desde manhã, se desde os últimos meses. Estou tranquila em relação às últimas décadas, e ter decidido ser míope nem é assim tão mau. Tenho cara para óculos! Já para palhaço, falta-me a vocação. Estou hoje mais fechada, mais apagada (pode ser da visão, sim). Sinto-me sobretudo cansada, não do trabalho - um ou outro -, não fisicamente e nem da rotina. Sinto-me cansada desta fase em que nada muda, e em que tudo, ficando igual, só piora. Porque por muito que mande todos os intragáveis à fava, sempre que acordo de manhã e dou os bons dias a mim mesma como se me esperassem as melhores notícias do mundo, como se o sol fosse nascer mesmo à chuva, ou como se algo de maravilhoso fosse acontecer no meio da simplicidade, há coisas que não mudam e, volta na volta, moem. Tudo problema de fala ou, melhor, de quem não fala e manda falar. A mensagem perde-se pelo caminho, e de volta nunca poderá ser transmitida na primeira pessoa do singular. É a chatice das hierarquias: a necessidade só aguça o afastamento e a incompreensão, de um lado, e de outro.

Mais ou menos como entre Portugal e a Alemanha, em menor escala.

Para quem acha que exagero quando digo que tudo me acontece


Caíram enquanto trancava o Kia. Numa fração de segundos, dois outros carros passaram-lhes por cima. Eu vi, e nem tempo tive de gritar. E é assim. O senhor arrumador apanhou-os, riu-se e entregou-mos: São só as lentes! Só. Ao menos a armação é boa. E tudo num dia em que acordei 40 minutos mais cedo para chegar ao escritório quase com o nascer do sol. Claro que apanhei mais trânsito do que o costume e ainda estive meia hora parada, numa bomba de gasolina.

Em casa


Eis que começa aquela parte do meu dia a que eu chamo de noite ou, mais carinhosa e recentemente, de segunda ronda. É uma felicidade absoluta agarrar-me de novo ao computador!
E que frio que está para tornar tudo ainda melhor...

Digam-me lá vocês

                                                                                                                                                                          Eva Longoria

Como é que uma pessoa que passa os dias à volta de títulos inesquecíveis e de parágrafos apelativos chega a casa e tem paciência para escrever capítulos e capítulos para uma qualquer dissertação? Tenho a cabeça em água e ainda agora acabaram as "férias". Provavelmente, porque, embora continue a deitar-me às três da manhã, deixei de fazer as sestas depois do almoço. E este regresso ao escritório está uma confusão pegada, para já, para já, porque cheguei às 09h00, às 10h00 já estava de saída e só a meio da tarde me sentei de novo na cadeira, para então espreitar os e-mails que não param de me entupir a caixa. Dito isto, estou também com fome e já a pensar que não me apetece apanhar trânsito de volta a casa.

Das pessoas preferidas

A semana passada, por esta hora, tinha acabado de chegar do Algarve. Bem, acabado não será o termo. Entretanto já tinha estado à conversa, não sei ao certo por quanto tempo. Estava preocupada com os trabalhos pré-férias que faltavam terminar, com os detalhes que não podia controlar e com os dias que tinha pela frente. Parece que foi há uma eternidade, e no entanto a semana passou a correr. Fui à Galé e nem espreitei a praia. A bem da verdade, não espreitei muita coisa, que a maior parte do tempo foi a dormir. E que bem que me soube! Estive de férias e não larguei o computador. Aliás, comprei um realmente pequeno para garantir que assim o seria, que poderia andar com o word atrás e a toda a hora, daqui para a frente e até à data de entrega (depois disso, há planos de escrita mais livres e prazerosos, igualmente sérios, no entanto). Só hoje, quando estava na bomba de abastecimento, à espera da minha vez, a pensar que poderia estar a aproveitar aquele tempo dentro do carro para escrever mais qualquer coisa (em minha defesa, estive 25 minutos numa fila que começava ainda na estrada), me apercebi do meu estado de demência - algo que, com certeza, terá ficado claro para vocês depois da minha obsessão confessa por uma mosca.

Tenho um problema grave e só hoje o admiti: sou péssima em finais. Não vou entrar pelo meu historial de rompimento de relações amorosas (curto, mas pouco famoso). Exemplos de outras áreas não faltam e, infelizmente, bem mais cansativas e chatas. Sou capaz de ter 20 ideias ao mesmo tempo para uma proposta de comunicação, num papel rasurado, 100% estruturadas na minha cabeça. Contudo, primeiro que as passe para o documento oficial, é um filme. Não porque me custe, mas precisamente pelo contrário: o desafio acabou. Redijo, sem muitas dificuldades, 30 páginas numa noite. Se faltar uma para fechar o capítulo, arrasto-a por um mês (sendo sincera, são meses, mas tenho vergonha de o dizer). Quarta-feira passada vieram 10 novas de rajada. Falta-me um parágrafo conclusivo, desde então. Tenho uma introdução quase completa desde janeiro. Sim, janeiro. Não me orgulho, e não sei o que se passa comigo, mas quando entro naquela fase d' o mais difícil já foi, agora são cinco linhas e fica fechado, o tempo estagna e o trabalho também. Para quem está familiarizado com o processo de obtenção da carta de condução, é mais ou menos assim que me sinto a maioria do tempo, quando tenho uma tarefa pela frente: começamos sempre por dizer que vamos fazer as aulas todas seguidas, e ao fim de duas semanas a despachar grande parte achamos que podemos abrandar. Ou um bocado como a lebre da fábula com tartaruga. Não que eu ache que vá ganhar algo com a sesta, o dormir à sombra da bananeira ou com a pausa por pausa - que, no meu caso, é inexistente. Salto apenas para outras corridas por achar que a presente já deu o que tinha a dar. Ora, esta inaptidão, como podem calcular, é extremamente aborrecida para quem se propôs a fazer um mestrado. Posto isto, e porque há dias em que fico pura e simplesmente louca, como hoje, e decido que já chega de parvoíce, enfio-me na sala e só me permito sair quando acabar o que é preciso.

Claro que tudo se torna mais fácil com companhia. E se esta noite não for por mim, que me canso e fico com a mania que sou muito boa e que isto se fecha muito rapidamente quando eu quiser, será por respeito e muita gratidão a quem me obriga a não desistir. 

Coragem

O domingo já está a chegar ao fim.
Que chatice.
Valham-me as próximas dez horas para terminar todos os capítulos que ficaram pendentes.
Entretanto, é isto: Ai filha, escreves tanto! Pois, pai, estou a escrever uma dissertação, não um folheto.
E isto (pelo meu subconsciente): Isto do mestrado é como ter um filho. As pessoas ficam obcecadas e parece que não conseguem falar de outra coisa. 

Outono

                                                                                                       Tarte de marmelo com aveia e bolacha 

Bom dia, sábado

                                                                                                                                                   Karina for Marie Claire Hungary

Estou fechada em casa desde terça-feira. Fechada em textos, fórmulas, análises e tudo o que por aí há para descobrir, no maravilhoso mundo das dissertações. Ontem comecei a acusar cansaço e foi o descalabro: um total desperdício de dia, uma desconcentração enorme naquele que foi, oficialmente, o último dia destas mini "férias". Estou dispersa, entre sala e quarto, quarto e sala o dia inteiro. Liga computador lá, desliga para vir para aqui, espreita a TV, abre o word, fecha o word. A minha mente não tem descanso e, enquanto anseia por uma quebra de rotina, não produz. Por isso já chega disto. E embora só amanhã seja o intervalo planeado, preciso de ir ver o sol à rua por uns instantes. Preciso de arranjar as unhas, pintá-las de um vermelho forte, vestir qualquer coisa que não seja um pijama e ir comprar corn flakes, que me apetecem desde a semana passada. Depois retomo, que ainda há tanto por fazer e apenas um dia mais! Mas, por agora, preciso de não fazer nada fora daqui. 

Love you, Google

Há pouco lembrei-me de que gostava muito de uma música que ouvi na Comercial há uns meses, ou há uns anos. Nunca foi boa a precisar músicas no tempo. Sei que me deixava bem-disposta, logo de manhã, e pouco mais. Não era uma grande música, não eram grandes vozes, não era nada de outro mundo. Gostava, pronto. Tentei encontrá-la. Não me lembrava do nome, nem da banda, de nenhum verso ou sequer da melodia. Investiguei o Facebook de uma ponta a outra, o do blogue e o meu pessoal. Raios, não era suposto a Internet guardar tudo? Onde está o depósito de informações de que todos falam quando dele precisamos? A propósito, já experimentaram procurar alguma coisa antiga na timeline da rede social? É simplesmente impossível. Revi todo o arquivo deste blogue (e dei-me conta que passo muito tempo a cozinhar, nada que já não soubesse na verdade). Nada. Comecei a escrever palavras aleatórias, que me vinham à memória, e que mesmo não sabendo como preenchiam uma frase, sabia que faziam parte da letra. Love, song, this is. Nada comuns, não haja dúvida. Mas consegui! Graças ao meu companheiro mais dedicado, àquele que me acompanha em todas as buscas impossíveis e que me devolve respostas, mesmo em casos desesperados.

Caramba, a persistência é uma coisa muito forte.
Para que nunca mais me esqueça, aqui fica:

Quando as marcas sabem jogar. Clap, clap!

                                                                                                                         Catherine Zeta Jones e Antonio Banderas

O Zorrinho, que de Zorro não tem nada, nem a postura, nem o cavalo (nem carro que se preze, quanto mais!) achou por bem vir escrever na sua página de Facebook, essa plataforma nada pública, que é um democrata (das democracias com muitos custos) e que quer que tudo se saiba. Colmatou um discurso estapafúrdio com a pérola de sabedoria Até que deixei de puder - por favor, "puder" ?? - usar em serviço um BMW 5 para usar um Audi 5 porque era signitivamenrte mais barato. Sim, signitivamenrte e não significativamente, com o exato propósito de deixar claro que não falamos a mesma língua. Tenho para mim que nem sequer pensamos da mesma forma, nem estamos, com certeza, no mesmo país. Mas isso sou eu que o digo, do interior do meu pequeno Kia, que é mais do que suficiente para a próxima década, estilo até ao infinito e mais além, como nos desenhos animados. Nunca percebi o fascínio do Homem por quatro rodas. É para nos deslocarmos, e ponto final. O interesse deve estar nos pontos de partida e de chegada, e não na viagem. Ninguém diz: "epá, uau! vou até às caraíbas num avião com um sistema de poupança de combustível incrível, que é capaz de arrancar em menos 3 milésimos de segundo do que o modelo anterior e tem bancos aquecidos". Não nego, contudo, à partida, uma ciência que desconheço, porque sei que há por aí muito boa gente que também não compreende o fascínio do Homem (e aqui, sendo justa, quero dizer sobretudo "Mulher") pelos trapos que usa para se cobrir. É para nos vestirmos, mas não consigo pôr-lhe o ponto final. Isto para dizer que posso perfeitamente querer rechear o meu guarda fato com casacos de 1000 euros e sapatos que só começam a contar nos 500. Com toda a sinceridade, de quem quer que tudo se saiba, querer não custa, nem um bocadinho. Obviamente não o faço, não só porque não mergulho em notas quando entro na banheira, mas porque por muito que goste de roupa (e que, vá, me descontrole controladamente algumas vezes) não deixaria de ser um desperdício completo fazê-lo aos milhares, sobretudo com dinheiro que não é meu -  É dinheiro dos contribuintes? Claro que é. Posto isto, parece-me natural que o Zorro, perdão, Zorrinho (no sentido mais diminuto, triste e infeliz do nome) queira andar de BMW 5. Mas então e os metros, os autocarros, e os comboios? Pois, talvez isso explique o devaneio TGV de há uns tempos. Então e as bicicletas e a diminuição das emissões de gases poluentes? Então e os exemplos que quem representa deve passar? Então e a mensagem de que contentar-se com um Audi A5 é uma chatice enquanto a população com que se finge preocupar nos bancos de trás do carro, ao mesmo tempo que se delícia com o Ferrero Rocher providenciado pelo motorista, vende os trambolhos de 10 anos que tem em casa porque deixou de ter dinheiro para o combustível? Não me parece nada bem. E depois vem dizer que Só quem não sabe o que é a actividade da AR é pode imaginar que um GP pode não ter carros para os deputados que são solicitados para participar diariamente em actividades da sociedade civil em todo o País. Ora bem, digo-lhe eu, que nem sou Zorra, mas estou farta desta porra, que só quem não trabalha e não está corretamente familiarizado com esse conceito é que pode imaginar que todos (TODOS) aqueles que o fazem diariamente não estejam na mesma precisa situação. Digo, salvo exceções para os mais sortudos, que esta cambada de trabalhadores, que somos todos nós que ainda não estamos desempregados apesar dos vossos esforços contínuos para tal, também precisa de participar diariamente em atividades do empregador, que podem não ser em todo o país, sendo que também não o serão certamente na sala de jantar. E já agora, para quem percorre a nação numa base diária, e a qualquer momento, parece-me um desperdício de tempo absoluto aquele que é gasto em viagens. Não seria mais produtivo se o GP do PS agarrasse no portátil, na carruagem do Alfa-Pendular, e fosse pondo o trabalho em dia? Era preciso tê-lo, ou querer fazê-lo, bem sei, mas se o Zorro, perdão, Zorrinho, pode querer um BMW 5 e se os sonhos do senhor até se tendem a concretizar, também vou começar a embarcar nessa de pedir coisas. Para já, para já, assim com efeitos mais imediatos queria, por exemplo, que as pessoas deixassem de ser estúpidas, de dizer coisas estúpidas, de fazer coisas estúpidas e de estupidamente acharem que assim é que estão bem. Depois, posso querer um Clio para o Zorro e para todo o seu exército. De preferência só um, para que se enfiem todos lá dentro, porta-bagagens e tudo. E ai, caraças, Zorrinho! que se fosse Zorro andava a pé e nem as bolhas na sola seriam coisa à Calcanhar de Aquiles. Valha-nos a coerência da estupidez: esta conversa toda do pseudo-fraco-Zorro só veio em socorro do Assis, que de Santo não tem nada. 

Acaba o bom nome, e acaba tudo. 
É a desonra das origens!

Não aguento mais


A minha mãe pagou ao meu irmão para matar a mosca. E ele conseguiu. Pegou na vassoura e espalmou-a contra a cadeira do escritório. Deu tempo de todos irmos ver, de eu tirar uma foto e de celebrarmos. Quando a minha mãe pegou num papel para a ir deitar no lixo, a mosca RESSUSCITOU. Fingiu-se de morta, a sacana, dissimulada e falsa. Assim percebi, da pior forma, toda a amplitude da expressão mosca morta. Chegou o meu pai e teve a felicidade de a encontrar na ombreira da porta. Nem vassoura, nem meia vassoura, nem pano, nem guardanapo, nem nada de nada. A mosca foi espancada pela mão do super pai. Só então se lembrou de ir à cozinha buscar papel e apertá-la, bem apertadinha, esmagá-la, bem esmagadinha e deitá-la finalmente no caixote.

A minha mãe acredita que ela vai sair do lixo. Por via das dúvidas, vou ao contentor.

Para terem uma noção do que aqui se passa

O meu pai está há mais de uma hora, de pano na mão, a tentar matar a mosca. Diz que não vai parar enquanto não conseguir.

NÃO

A mosca voltou!

E pronto

Logo hoje que chove, logo hoje que é dia obrigatório para robe, pijama, caneca de chá e computador a aquecer as pernas; logo hoje que estou produtiva desde cedo e preparada para fechar tudo e gozar o resto dos dias de reais férias, tenho que ir à ponte pagá-la. E para evitar o trânsito, as longas filas e a perda de paciência, não quero ir muito tarde, o que me obriga a interromper o trabalho antes do suposto, e uma hora antes disso, para trocar o pijama por um traje de apresentação decente ao mundo. Que nervos.

Adenda: O super pai foi lá. Já que ia para Lisboa. Não sem antes uma grande fita, mas foi.

Pronto, já chega


O capítulo não fechou, mas apenas porque excedeu o número de páginas previsto e, sinceramente, não tenho pachorra para cortes quando a informação não mete palha. Por isso vai ficar mesmo assim, que dissertações com um limite máximo de 80 páginas, como nos indicam, são para meninos. Ou chegam às 200 ou não são nada. Estou a brincar, atenção. De qualquer forma, a ver se amanhã se distribui o conteúdo por um episódio semelhante, mais situado ao início, em que também faz sentido figurar o tipo de dados apresentados. Pode ser que assim se equilibrem as coisas. Missão cumprida quanto à redação, com expetativas superadas. Agora é cruzar os dedos para que a mosca morra por asfixia ao tentar mudar de ares lá para cima, para o meu sótão. 

Morte à mosca

Está aqui a estúpida de uma mosca, desde ontem (!), que não me larga. À tarde até tirei 20 minutos para ir fazer uma pseudo-sesta no quarto e o raio da idiota veio atrás. Está uma pessoa tão concentrada e tão lançada no teclado que nem dá pelas horas passarem, nem se apercebe que num instante já cá cantam mais 4 páginas e uma leitura essencial feita, e vem a mini-besta importunar. Não há paciência. Já ouço zumbidos como música de fundo e tenho sempre a mania que, quando se aproxima da minha cara, é com o objetivo de me entrar pela orelha e ficar a viver no meu ouvido. Talvez seja pelo avançar da hora, mas sinto-me ligeiramente descontrolada à sua passagem, e só consigo pensar em formas cruéis e sofredoras de a exterminar. Atentem nos meus mais profundos desejos:

- Cadeira elétrica para pulgas e outros que tais;
- Fogueira de fósforo para limpeza e matança da mosca;
- Alfinete para explosão ocular;
- Arranque de asas e cola líquida UHU na barriga, contra as telhas (para ficar a levar com o vento na cara - a palavra que quero utilizar não se coaduna com o caráter público deste blogue - sem se poder mexer para sempre);
- Ou, por último, a clássica pisadela seguida de esfregaço com bota de biqueira e o pai lá dentro.

É que a porcaria do bicho - sim, é uma porcaria que só gosta de restos, podre e cocó, pelo que dispenso as teorias de proteção animal - ainda tem um ciclo de vida de quase um mês. E eu não estou para aguentar isto nem mais um dia. Se volto a ter de dormir com a cabeça dentro dos cobertores ainda em outubro, amanhã baixa a louca em mim (muito português do brasil?) e à frente da dissertação passa a morte à mosca. É isso ou eu não me chamo como me chamo; e eu chamo-me, que bem o sei.

*Angelina Jolie, Tomb Raider

É que não deixo mesmo para amanhã

                                                                                                                                                            Christina Aguilera

Estou absoluta e completamente rendida ao The Voice e isso é, simplesmente, uma chatice. Já tenho alarme no telemóvel para não me esquecer, mesmo não precisando dele para nada, que uma hora antes a televisão é sintonizada no canal certo, enquanto convenço os outros habitantes da casa a juntarem-se a mim para mais um episódio. Qual quê. Vai tudo dormir. E fico eu, extra desperta, a rir, sorrir e a aplaudir no sofá, como qualquer grande entusiasta de bancada. O pior é quando a cantoria acaba. Dou por mim sozinha, na sala, em silêncio e com a cabeça mais pesada, ainda de computador nas pernas e com o word a olhar-me com aquela cara de não teria sido mais inteligente teres deixado isso a gravar para poderes acabar o capítulo com que hoje te comprometeste? Teria, pois teria. Mas venham lá dizer-me que gravações são a mesma coisa. Não são. Nem textos sem ponto final. Os meus ainda vão em parágrafo e isso significa - isso e o The Voice - que não estou na cama quando toda a gente está. Ao invés, já fui ao esconderijo das bebidas energéticas, agarrei numa palhinha cor-de-rosa e cá estou eu, em plenas férias - oh, quão relaxantes! - a fazer noitadas. Pois que não, que amanhã não trabalho e que poderia perfeitamente deixar isto para depois. Mas não deixo. Porque o depois já está cheio de coisas adiadas. Aliás, o depois tem sido hoje, ontem e anteontem, que esta dissertação era para ter sido entregue em setembro. 

17 de novembro, apontem nas vossas agendas. 
Vai haver festa.

Eu não quero ser chata...

Mas preciso mesmo, mesmo, mesmo, MESMO, que me respondam a isto: http://freeonlinesurveys.com/s.asp?sid=xz7bqptbk1og4kg120402

De hoje a um mês e uma semana entrego a minha dissertação. SE responderem a isso aí em cima.

Por aqui estamos assim


Eu, o chá e o nós científico.
Mas pelo fim-de-semana estivemos assim:
Eu, ele e o Jamie (Oliver).

9h30

Hoje o dia começa com Laurence Bardin, a análise de conteúdo e dois capítulos da dissertação por terminar. Desejem-me sorte.

Capítulos da minha vida atribulada

                                                                                                                                                                                   Mila Kunis

E o fim-de-semana foi só dormir. Domingo fez jus ao dia e depois de acordar, às oito, como habitualmente, trabalhar, ir comprar o pão quente e tomar o pequeno-almoço na varanda, foi dormir até ao almoço, dormir depois do almoço, ir ao cinema ao jantar e dormir a seguir. Já hoje, o verdadeiro e oficial primeiro dia de férias (sendo que férias é a nova palavra para dissertação de mestrado, tal como descanso, ginásio, ler, escrever e passear também o são) começou ainda de madrugada, envolveu discussão, viagens, portagens por pagar e uma visita ao escritório. Porque é isso que todas as pessoas normais fazem em férias: vão ao local de trabalho.

Já por portagens por pagar quero dizer que eu, que sou menina de multibanco e nada mais, não tinha moedas para dar à senhora quando o meu cartão decidiu apresentar-se à máquina como ilegível, pela primeira vez na vida. Lá me passaram um aviso, a pagar nos próximos 3 dias úteis, na ponte. Sim, na ponte; não é possível fazê-lo de qualquer outra forma. Portanto, faz todo sentido eu sair de propósito de casa nos próximos tempos, fazer 30 quilómetros num carro a gasolina e pagar 1 euro e 55 cêntimos, essa grande dívida da minha pessoa. De todas, esta foi uma das coisas mais lógicas que ouvi nos últimos meses. Haja desperdício. 

Três vivas à SIC

Muito, muito bem. Cá em casa, estamos a adorar esta emissão especial, colados ao ecrã enquanto se janta tardiamente. Caril de galinha, vinho verde e bons discursos.

Houve duas grandes músicas a fazer parte da banda sonora da minha infância: o tema de abertura da Rua Sésamo e Não serei eu, nem tu, seremos nós, a televisão independente...SIC, SIC, SIC, SIC, SIC. Este programa lembra-me disso, lembra-me muito disso. E é bom, sobretudo em fim-de-semana de escapadela para a praia e tranquilidade, no meio do nada, sem barulho ou preocupações.

You gotta ♥ Primark

Rumo ao Algarve

E os próximos dias em fotos, mais ou menos assim. Sendo que os computadores são sinónimo de trabalho e não de (infelizmente) uma barrigada de séries; o Jamie está para me acompanhar às refeições tanto quanto a tese entre elas, e as flores já são de ontem, mas levo-as comigo.

Véspera de férias

                                                                                                                                                                          Michelle Williams

Ir de férias é sempre uma verdadeira chatice. Dois relatórios por fechar, dois mini-relatórios por preencher, um texto para escrever, um plano em Excel (odeio o Excel) por atualizar, e por aí fora. E tudo,« com aquele caráter de urgência de quem não vai estar pela próxima semana, portanto ou fica agora feito, ou há chatice maior do que a chatice de ir de férias, que acabar a 4 ou a 15 não é bem a mesma coisa. Portanto hoje, que já estive duas horas no trânsito, a deixar o carro ir a baixo porque adormecia enquanto nada acontecia se não permanecer no mesmo lugar, ou hoje, que ainda tenho viagem pela frente, almoço por comprar e aula de spinning por frequentar, estou aqui que nem posso e o relógio nem 11 horas marca. 

Vou só ali à sala de grito (se tiver forças) e já volto. 

E daqui a pouco, rumo ao evento da empresa. Mas para já, para já...

Receita para uma tarde fofinha: Word ligado, trabalho despachado, auscultadores nos ouvidos e esta voz, com esta música (que é tão melhor do que as mais conhecidas): 

Coisas dos nervos

Há alturas em que gostava de trabalhar num espaço com uma sala escondida na cave, à prova de som,  onde pudesse ir gritar sempre que me apetecesse, até deixar de querer ofender alguém com nomes feios. À falta de alternativa, saio do escritório direitinha para o ginásio. E que seja correr até não conseguir mais, que é como quem diz, até não ter mais forças para estar zangada com o que quer que seja. Normalmente, depois do suor - sobretudo daquele de fim de dia e que só permite o regresso a casa já sem sol, já depois do jantar (como é o caso) - a única coisa que faz questão de permanecer no meu pensamento é a imagem confortável da almofada. Venha ela!

Histórias de (en)cantar

                                                                                                                                                            Drew Barrymore

Quando vim aqui escrever sobre isso, no calor do momento e dos corações palpitantes, era a triste que não conseguia acreditar sem desconfiar e ainda chamava bêbado alucinado ao pobre do rapaz. No mesmo dia, conheci a história da Nokia e do Perdi o meu amor na Balada, comentei isso num blogue por aí e a resposta foi qualquer coisa como não lances boatos. E pronto, fiquei no meu canto. Quieta e calada enquanto via os mesmos boatos espalharem-se. Às tantas, já toda a gente estava à espera, já toda a gente dizia que era de certezinha uma campanha publicitária. Hoje então, que tudo é revelado, ninguém nunca acreditou. Pois claro. Com ou sem marca, a história é engraçada e criativa (pelo menos da primeira vez que foi usada, no Brasil). Deviam só ter percebido que não se copiam moldes que acabam em mal, muito mal. Porque havia por aí muito sumo que espremido de outra forma não irritaria ninguém. Já para não falar da participação de um meio de comunicação social nisto tudo. De um modo ou de outro, o resultado é péssimo: ou foram enganados, ou sabiam que estavam a enganar. Assim, e de repente, apetece-me dizer que um romance a sério não deve incluir perseguidores. De um romance a fingir, então, não se admite. 

Ainda para mais o rapaz tem ar de miúdo pequeno-almoço: daqueles que poderiam aparecer nos anúncios de cereais, de manhã; e não dos que andam pelo Bairro Alto, largam o grupo de amigos e nunca mais voltam.

Para os fãs de Gangnam Style. Imperdível

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