Morte à mosca

Está aqui a estúpida de uma mosca, desde ontem (!), que não me larga. À tarde até tirei 20 minutos para ir fazer uma pseudo-sesta no quarto e o raio da idiota veio atrás. Está uma pessoa tão concentrada e tão lançada no teclado que nem dá pelas horas passarem, nem se apercebe que num instante já cá cantam mais 4 páginas e uma leitura essencial feita, e vem a mini-besta importunar. Não há paciência. Já ouço zumbidos como música de fundo e tenho sempre a mania que, quando se aproxima da minha cara, é com o objetivo de me entrar pela orelha e ficar a viver no meu ouvido. Talvez seja pelo avançar da hora, mas sinto-me ligeiramente descontrolada à sua passagem, e só consigo pensar em formas cruéis e sofredoras de a exterminar. Atentem nos meus mais profundos desejos:

- Cadeira elétrica para pulgas e outros que tais;
- Fogueira de fósforo para limpeza e matança da mosca;
- Alfinete para explosão ocular;
- Arranque de asas e cola líquida UHU na barriga, contra as telhas (para ficar a levar com o vento na cara - a palavra que quero utilizar não se coaduna com o caráter público deste blogue - sem se poder mexer para sempre);
- Ou, por último, a clássica pisadela seguida de esfregaço com bota de biqueira e o pai lá dentro.

É que a porcaria do bicho - sim, é uma porcaria que só gosta de restos, podre e cocó, pelo que dispenso as teorias de proteção animal - ainda tem um ciclo de vida de quase um mês. E eu não estou para aguentar isto nem mais um dia. Se volto a ter de dormir com a cabeça dentro dos cobertores ainda em outubro, amanhã baixa a louca em mim (muito português do brasil?) e à frente da dissertação passa a morte à mosca. É isso ou eu não me chamo como me chamo; e eu chamo-me, que bem o sei.

*Angelina Jolie, Tomb Raider
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