Histórias de (en)cantar

                                                                                                                                                            Drew Barrymore

Quando vim aqui escrever sobre isso, no calor do momento e dos corações palpitantes, era a triste que não conseguia acreditar sem desconfiar e ainda chamava bêbado alucinado ao pobre do rapaz. No mesmo dia, conheci a história da Nokia e do Perdi o meu amor na Balada, comentei isso num blogue por aí e a resposta foi qualquer coisa como não lances boatos. E pronto, fiquei no meu canto. Quieta e calada enquanto via os mesmos boatos espalharem-se. Às tantas, já toda a gente estava à espera, já toda a gente dizia que era de certezinha uma campanha publicitária. Hoje então, que tudo é revelado, ninguém nunca acreditou. Pois claro. Com ou sem marca, a história é engraçada e criativa (pelo menos da primeira vez que foi usada, no Brasil). Deviam só ter percebido que não se copiam moldes que acabam em mal, muito mal. Porque havia por aí muito sumo que espremido de outra forma não irritaria ninguém. Já para não falar da participação de um meio de comunicação social nisto tudo. De um modo ou de outro, o resultado é péssimo: ou foram enganados, ou sabiam que estavam a enganar. Assim, e de repente, apetece-me dizer que um romance a sério não deve incluir perseguidores. De um romance a fingir, então, não se admite. 

Ainda para mais o rapaz tem ar de miúdo pequeno-almoço: daqueles que poderiam aparecer nos anúncios de cereais, de manhã; e não dos que andam pelo Bairro Alto, largam o grupo de amigos e nunca mais voltam.
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