Se há coisa que eu gosto é de
comprar online. Roupa, móveis, maquilhagem, tachos. O que for. É um conforto
tremendo. E sim, claro que muito me agrada tocar nas coisas, sentir os tecidos
e os materiais, experimentar, visualizar e tudo mais. Mas são experiências
completamente diferentes que não podem ser comparadas e – na minha ótica – nem sequer
substitutas uma da outra. Hoje, por exemplo, queria muito aproveitar os descontos (mínimos) do dia para comprar um casaco que já experimentei centenas de vezes, escolher uma
mala e deitar olho aos ténis que tenho andado a namorar. Inversamente, vontade de me perder no caos das lojas estava pelas horas da morte. Sobretudo quando há um fim de semana cheio de planos pela frente. Há dias em que a tenho. Há dias em que
preciso do barulho, da música alta, das luzes estranhas e de toda a confusão.
Outros em que me apetece sentar no sofá, descalça, e navegar pelos sites num
momento de puro lazer.
Há riscos. Depois não se gosta,
ou não fica bem (no corpo, na cozinha ou na sala). Não é como se esperava,
afinal entretanto vimos algo melhor. Por isso mesmo, compro quando conheço as
políticas de devolução e/ou troca e faço delas o uso que eu quiser, e ao qual
tenho direito. Se me chega algo a casa que não está bem, ou por defeito, ou
para mim, resolvo num cómodo prazo (habitual) de 30 dias. Se tudo estiver do
meu agrado, é maravilhoso poder – sobretudo no que toca a roupas – experimentá-las
logo no nosso quarto, com os nossos espelhos e todos os conjuntos que realmente
usamos.
Também há momentos em que compro
onde nunca comprei e não faço bem ideia de como as coisas podem funcionar face
a situações menos positivas. Nesses momentos arrisco tudo, em pequenas
quantidades financeiras, e seja o que a loja – e os correios – quiserem! Creio
ser precisamente pela descontração que nunca me desiludi. Pelo contrário.