O meu pai não gosta nada desta história da carteira sem trocos


Eu, forreta de apelido, aqui manifesto o meu desagrado face a uma das medidas mais parvas dos últimos tempos. Eu, que ando com dinheiro na carteira quando o rei faz anos ou quando o arrumador assim o exige, não me lembro da última vez em que entrei num supermercado e paguei com uma nota. Aliás, os sítios sem MB acabam por ficar quase que excluídos dos meus programas e é preciso gostar muito, mesmo muito, e não ter outra alternativa, para ir levantar dinheiro e ir àquele lugar em específico. Porque faço compras que nem sempre me exigem ter 10 euros na mão (a maioria das vezes). Porque entro para pagar duas pêras e uma garrafa de água. E se sei, se sonho, que antes tenho que ir à máquina (que nem sempre está perto e dá uma trabalheira desgraçada andar de um lado para o outro) para comprar 2 ou 3 itens, é certo que ou desisto, ou escolho outra opção. É por isso que compro lanche no celeiro mais facilmente do que em qualquer outro lugar, que gosto dos CTT do El Corte Inglês e não dos de Loures, que não como um Llao Llao todos os dias nem penso em entrar num café para comprar pastilhas, um bolo ou uma bebida. E nada disso me faz a mínima falta. Mas se Mr. Jerónimo acha que não aceitar pagamentos com cartão para compras inferiores a 20 euros é uma medida espectacular, força nisso. Só na minha área de residência há dois Continente, um Lidl e um Minipreço a um raio de míseros quilómetros do Pingo Doce. Já não era a minha primeira escolha mesmo, agora só passou a ser uma mais remota opção.

Não gosto de andar com dinheiro, pronto. Ele desaparece sempre, e eu nunca sei como. 
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