Eu cá ando muito preocupada com certas e determinadas coisas. Estudei durante uma data de anos - não estou a reclamar, ainda não me fartei - para depois olhar para a TV e descobrir que não sei patavina (estava doida por usar esta palavra). Tantas vezes que repeti, escrevi e ouvi o que eram critérios noticiosos, para depois nenhum corresponder à realidade do que vejo e leio. Entendam que ando confusa e frustrada. O auge da coisa foi ontem atingido. Pedro Abrunhosa cai em directo. Até sonhei com as manchetes dos jornais, mas parece que não me fizeram a vontade; o que não interessa, porque, e muito a propósito desta conversa, não é preciso aparecer no jornal para ser notícia.
Ainda o programa não tinha terminado e já havia pelo menos TRÊS grupos no Facebook, criados sobre a causa, sendo que pelo menos um deles já contava com 1200 utilizadores. O vídeo* já estava no Youtube, repleto de palpites. Tive medo de espreitar o Twitter, mas já percebi que se alastrou aos blogs. Nunca tinha pensado como é importante estar sentada no sofá a ver TV com o portátil na mão, mas lá está, pelos vistos não aprendi nada. Não me passaria pela cabeça criar um grupo chamado "Eu vi a queda em directo", mas pronto, eu é que não sou criativa. A última coisa que fiz antes de ir dormir não foi ir visitar e comentar um vídeo de algo que já tinha visto, mas vá...devo andar a dever à inteligência! O Pedrito é que a sabe toda, logo viu que era torcer um bocadinho o pé e pronto, já está na boca do mundo, à espera de vender muitos mais cds do que antes do incidente. Até eu estou para aqui a escrever sobre isto!
Enfim.
Quando eu caio nas escadas do metro ou tropeço nos passeios e poças de água as pessoas tentam não se rir, mas talvez se rapar o cabelo e andar sempre de óculos escuros se crie um movimento com o meu nome.
Só espero que ele não se tenha aleijado. Era chato ficar com uma nódoa negra.
* Correcção: fui buscá-lo para este post e reparei que não está lá um vídeo, mas para cima de 10. IGUAIS.