Outra vez a tese...e outros mais. Um autêntico filme.

                                                                                Hanna Marin e Lucy Hale

Com o tempo fui percebendo que uma das coisas mais importantes da vida é ter a consciência no sítio, tranquila e sem muitas interrogações. É precisamente por isso que o assunto da tese me custa tanto; não estou em paz comigo e com o que tenho feito. Porque sei que na maioria dos dias deveria chegar a casa e agarrar diretamente no computador, em vez de ficar à conversa com os pais, os irmãos ou o periquito. Em vez de ligar a TV ou de ver um episódio de uma série em atraso. Em vez de ir namorar, jantar fora, ir ao cinema, passar no ginásio (mesmo que seja uma vez por mês). Em vez de tudo isso. E embora saiba que na maior parte de todas essas vezes preciso de me abstrair ou de seguir o caminho até à cama, porque não vim de um jardim, mas de um dia de trabalho nem sempre fácil (quase nunca), acho sempre que podia ter feito mais. E acabo por ficar à conversa com os pais, os irmãos ou o periquito, ligar a TV ou ver um episódio de uma série em atraso, namorar, jantar fora, ir ao cinema ou passar no ginásio e sentir remorsos por isso. O que é chato. Não desfruto, nem trabalho, e fico frustrada. Por isso, há dias em que realmente chego a casa e faço o esforço de agarrar diretamente no computador. E depois, bem, depois sou capaz de ficar uma hora a olhar para o ecrã e a adormecer com a máquina em cima das pernas, ou de escrever algo que no dia seguinte leio e penso se terei estado bêbada enquanto escrevia. É um impasse e um ciclo vicioso que só tem tendência a desbloquear com uma boa dose de uma qualquer bebida energética que proporcione a concentração e ajude a despertar. 

Tenho tentado encontrar um ponto de equilíbrio no meio disto tudo, o meu ponto de equilíbrio. Fiz as pazes comigo e percebi (pelo menos em teoria) que não é o fim do mundo se for entregue em setembro, e não em julho. Mas cada dia que passa aproxima a data final - acreditem, os meses passam a correr, e nada de novo aconteceu desde a última decisão. Portanto, está mesmo na hora de me dedicar em força (mais ainda) e não parar enquanto isto não acabar. É isso ou receber mais e-mails do meu orientador (com tanta razão!) a perguntar-me se desisti do mestrado.

O único pequeno, colorido e emocionante detalhe no meio de tudo isto é um projeto, de nome BOHO, que avança já este sábado. Pensado, coordenado e sonhado por mim, com ajuda de muitos outros pelo caminho, é "só" mais um rouba-tempo a juntar à festa. Mas é um de que gosto tanto! Fosse a EMEL tão divertida e estava a tese escrita, entregue e defendida. 
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