Uma perfeita queixinhas.
É que eu ouço-me o dia inteiro. E é ronhonhó, ronhonhó, ronhonhó que estou tão cansada, e ai, ai, ai a tese, que está atrasada, ou titiriti o trabalho, que brota do chão, fértil para a papelada, daquela que não é impressa a verde, nem cheira a nota.
Não há quem aguente.
E eis que, no meio de tudo isto, fico para último, a imprimir documentos e a fazer cabanas identificativas quando todos saem. Estendem-me as chaves para fechar a empresa e eu penso: e se eu cá ficar para amanhã? São 40 minutos ganhos. Uma hora e quarenta, aliás, que se vai o banho e a roupa lavada.
Uma perfeita queixinhas, a enlouquecer.
Quem sabe a um dia também a cheirar mal, num evento, encontro ou jantar, próximo de si.