O último lamúrio


Ando às voltas com a tese, mais do que gostaria. Escolhi daqueles temas que não lembram ao diabo, mea culpa. Passo o sábado a dizer que vou pegar nos livros para aproveitar o descanso semanal ao domingo. 
É claro que nada disso acontece. O sábado é que passa por mim e do domingo só me lembro quando o sol já não entra pela janela. Abro um word, timidamente, e fico a olhar para a página em branco. Deito mãos ao trabalho, ou ao teclado - como preferirem, e quando paro está tudo tão enrolado que não me permite lembrar como lá cheguei. Quero uma escapatória e um deixa para amanhã. Mas não pode ser. E não é pela procrastinação do costume. É porque esta é a minha tese e merece mais entrega. Quero uma coisa bem feita, porque só assim vale a pena fazer. Mas não sei, de forma nenhuma, de pernas para o ar, de lado ou de frente, como desembrulhar toda a embrulhada em que me meti. Preciso de encontrar a minha linha recta para a seguir até ao fim. E para já, tenho andado às curvas e aos tropeções e, quase sempre, para trás. 
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