#1 Transferência solidária


Fora Maio, por razões óbvias de aniversário, Dezembro é o meu mês preferido em todo o ano. Já sei que o Natal é uma hipocrisia e que a Passagem de Ano não serve para nada. Que se de há-de fazer? Ainda não vou em modas e dou para os lados do contra: continuo a gostar e - imagine-se - a dizer que gosto. É por isso que, no que resta de 2011, estou decidida a passar por aqui nos próximos 31 dias com 31 razões para sorrirem, ou fazerem sorrir, em Dezembro. Ainda não sei bem como o irei fazer, já que o meu portátil não dá sinais de vida e sabe-se lá quando irá dar, mas estou disposta a assaltar os computadores de terceiros, sempre que possível, só para aqui dar um saltinho. 

Hoje, e porque não poderia deixar de ser, já que ontem foi fim do mês, e se é para falar de dinheiro, que seja agora; vou contar-vos o que faço com a maioria das minhas casas decimais, ao longo do ano. Não é algo novo, e acredito que a maioria de vocês já conheça, mas é uma das melhores e mais imediatas formas de ajudar, sem exigir qualquer tipo de alteração nas nossas rotinas. Esta é a primeira desculpa a cair, a do "quero dar mais, mas não tenho tempo". É claro que poderá não ser tão compensador como ir aos espaços e ver para onde vai o nosso dinheiro. Todavia, o propósito final é cumprido e, acreditem, é quem dele beneficia que se deve sentir bem. E esta é a segunda desculpa a cair, "não dou porque não sei para onde vai". Vai para instituições que o gerem, que dele necessitam e que com ele podem mudar a vida de alguém.

Ora então, falemos do "Ser solidário". Eu sou um bocadinho solidária, por esta via, todos os meses, de uma forma que de tão pouco que custa eu nem noto. É simples: todas as semanas vão ao multibanco e espreitem a vossa conta. Eu faço-o à sexta-feira. É muito raro, muito, muito raro, encontrarem um número redondo no vosso saldo disponível. Creio que em dois anos me aconteceu pouco mais de duas vezes. Por isso, sempre que os dois últimos não sejam zeros, agarrem nos cêntimos depois da vírgula e transfiram-nos para uma organização à vossa escolha (em transferências - ser solidário). É muito pouco de cada vez,  e mais do que pensamos ao fim de um ano. Imaginem só se todos fizéssemos o mesmo. Nem se dá pela falta. E pois que sei que era melhor se fosse aos euros e às dezenas, mas se nos comprometermos, rigorosamente e todas as semanas, com os cêntimos, já fazemos mais do que quem nada faz.

Dezembro começa com um sorriso para os outros. Amanhã continua, com um sorriso para vocês. 
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