Histórias de famílias


                                                      Brothers and Sisters

Tenho dois irmãos mais novos e uma terceira emprestada. Não sou mãe, e não tenciono experimentá-lo nos próximos temos, mas sou a mais velha e sei sê-lo. Sei como é querer proteger, incentivar, apoiar, ajudar e, sobretudo, como é gostar. Também fui aprendendo como é discutir, ter ideias diferentes, não os compreender e vê-los crescer. Nada disso me faz perita. Faz sim com que também eu cresça, um bocadinho mais, todos os dias. Faz com que encha o peito de orgulho a cada boa nota, a cada projecto bem conseguido; a cada frase bem escrita e a cada pensamento diferente do do grupo - às ideias que não são "só porque sim, porque os outros acham". E sei o quanto arriscado isso é, sei o quão difícil é amar alguém que connosco partilha laços de sangue. Não há divórcio ou ruptura que os apague, mas uma desilusão, uma grande desilusão mal gerida, consegue fingir que não existem. Não para sempre, não sem data de validade; porém, durante tempo suficiente para que não seja possível voltar atrás.

Às vezes é preciso saber do mal do vizinho para perceber a sorte que se tem por nada de semelhante ter alguma vez acontecido em nossa casa.
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