Aprovado

De certeza que já todos repararam nos "quiosques" que agora há nos centros comerciais para arranjar as unhas e as sobrancelhas. Confesso que nunca me tinha apercebido bem da existência destes segundos. O "Nails qualquer coisa" já está por todo o lado e é difícil não dar conta, mas os da "Wink" são mais raros e nalguns casos - Colombo - mais escondidos. Eu cá andava com a pulga atrás da orelha, sobretudo depois de uma vaga de discussões na blogosfera sobre se era ou não boa ideia arranjar lá a cara. E digo a cara porque elas lá tratam de tudo: sobrancelhas, buço, queixo (para quê?) e outros pelos faciais. Tanto falei, li e comentei que a minha irmã me ofereceu um vocher no natal, para eu poder ir lá experimentar. Na mais pura das inocências reservei a tarde de 27 para o efeito e lá fui eu para o Colombo. Pois está claro que ninguém me atendeu porque as marcações estavam preenchidíssimas. Consegui hoje. E eis algumas conclusões:
  • Ficamos com a pele vermelha -Verdadeiro. Mas só dura uns minutinhos, esqueçam lá os exageros.
  • Temos que esticar a pele com as nossas mãos enquanto elas brincam com os fios de algodão na nossa cara - Verdadeiro, mas não custa nada.
  • No fim há uma massagem que sabe bem - Falso. A mim o creme/gel só fez arder a pele.
  • Não dói - Falso. Ai não que não dói. Não dói é pouco. Pronto, vá, sem mariquices: não dói mais do que arrancar com uma pinça. A diferença é que lá não é um a um, são vários ao mesmo tempo e sentimos o puxar da pele. Nada que não passe logo depois, obviamente.
Acho que a verdadeira vantagem reside no facto de estarmos ali 10/15 minutos quietas e sairmos com umas sobrancelhas verdadeiramente perfeitas. O meu receio era que mas deixassem finas demais e acabasse por se reflectir na fisionomia do meu rosto. Não aconteceu, bem pelo contrário. A rapariga que me atendeu foi bastante atenciosa e ia-me passando o espelho várias vezes para eu estar a par do trabalho. Ficaram delineadas, mantendo a forma original.

E sim, pensei que fosse algo desconfortável estar em público a tirar pelos da cara. Não foi. Não dei pelo tempo passar e até me ri quando duas chinesas que passavam perguntavam se podiam assistir. Fartaram-se de soltar "aahhs" de contentamento enquanto eu estava na cadeira, e sem saber deixaram-me mais tranquila com a aprovação. É sensivelmente o mesmo que alguém entrar no cabeleireiro onde estamos e ver que nos estão a cortar o cabelo.

Fiquei fã. Ainda para mais porque sei que tão cedo não vou ter que lá voltar, e que o que custa é a primeira vez.
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