É Novembro e está a chover. As pessoas continuam a vestir uma t-shir debaixo de um casaco fininho, enquanto se passeiam pelos centros comerciais cada vez mais cheios. No Almada Fórum há uma pista de gelo onde as crianças dão pequenas quedas e se levantam, logo de seguida, prontas para mais. Há um Pai Natal também, perto de um cenário colorido e de uma ajudante com umas botas brancas que quase lhe chegam à cintura. A baixa de Lisboa já tem luzes. Hoje é domingo e é um domingo com tudo para o ser: preguiça, pijamas, mantas e o som do Outono lá fora, que cai em gotas e bate no telhado. Já fazia falta.
É Novembro e está a chover. Comem-se castanhas assadas e calçam-se as pantufas. Daqui a pouco vem o último mês e acaba 2009. O balanço do ano deixo para mais tarde, para a nostalgia da úlima noite, cheia de esperança num novo começo. Para já vou pensando sim, não no que ficou para trás ou no que está para vir, mas no agora. Há tempo para isso, porque enquanto a chuva cai e a música toca, a mente divaga para outro lugar que se constrói aos bocadinhos.