Afinal, o dia só começa agora

Cheguei a casa, troquei a roupa pelo pijama e as meias quentes - não consigo passar muito tempo com a indumentária da rua - e sentei-me no sofá, a ouvir o Paulo Portas na SIC Notícias, enquanto esperava que o jantar, que já cheira, saísse do forno. O computador veio comigo, como um mau presságio. Não o pessoal, mas o Toshiba lá do escritório. Sem cor, sem o meu fundo de parede sorridente ou o à vontade familiar com que o outro costuma ser recebido. O outro, cá do sítio, é o meu refúgio ambulante. Que eu levo comigo mesmo nos dias de semana, na esperança de lhe poder deitar o olho pela hora de almoço. Este, é sinal de sarilho. 

Tenho a noite toda pela frente. Produção de conteúdos. Textos, tantos textos. Uma apresentação e uma leitura atenta das regras deste nosso português, nos manuais de estilo que pelas minhas prateleiras ficam, sem merecer, a apanhar pó. Acordei ainda não eram 06h00. Nem um café, chá preto ou quadrado de cacau. A cabeça já doeu mais. Agora, é esquecer as séries que me apetecem ver, na cama onde me quero deitar, por baixo dos cobertores por que anseio, sem qualquer outro objetivo que não seja descansar.

Esta é a primeira semana, em muito tempo, em que que me sinto absolutamente desesperada pela chegada da sexta-feira à noite.

Ao menos, tenho quem me faça companhia:

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