Sobre Sócrates, sobre Cavaco e sobre séries

                                                                                                                           José Sócrates

1.ª nota: Um presidente a quem não se reconhece autoridade moral é coisa muito pouco honrosa. Em Downton Abbey, já teria apresentado demissão, porque o que parece é, por vezes, muito mais importante do que aquilo que se passa. E neste momento, parece-me que há alturas em que poderíamos bem voltar àqueles tempos. Em que a humilhação pública humilhava e criava escândalo suficiente para se querer ir para longe. Hoje, são só trocas de galhardetes que não nos ajudam a livrar dos Thomas* deste século.

*Thomas é uma personagem oportunista, pouco trabalhadora e matreira. Passa a história a contornar tudo e todos para atingir o seu maior objetivo: ocupar um cargo de muito destaque e muita aparência, em que possa mandar alguma coisa, e fazer muito pouco.

2.ª nota: Em Sócrates versus Passos, votei Sócrates. Hoje, voltaria a fazê-lo, e ainda mais indignada do que da última vez. Não que alguma das opções fosse boa, mas uma é claramente pior.

3.ª nota: Sócrates na RTP é a melhor decisão dos últimos tempos. Há muito tempo que não havia bom entretenimento num canal público.

4.ª nota: Com toda a mestria das palavras, discurso bem treinado e conversa da tanga à mistura, já era tempo de alguém vir dizer que o que hoje se passa não é apenas uma herança do último governo. Tampouco. É só pena que ninguém o ouça, porque o ódio ao mau da fita é generalizado desde o seu tempo como protagonista da história. E o homem é tão importante que nunca o mesmo discurso morreu.

5.ª nota: Mau trabalho dos entrevistadores.
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