Das coisas chatas do fim dos fins-de-semana

Eu sei que não tenho um feitio fácil. E que nem sempre falo a mesma linguagem que todos os outros. Tenho pouca tolerância a baldes de água fria, e menos vontade ainda de agir como se, depois deles, não ficasse com frio. Não me apetece relativizar. O cabelo fica molhado, a roupa pinga, os dentes tremem, a maquilhagem borra. Relativizar? Só se for para quem está seco. Para quem não percebe os estragos que um balde faz. Sobretudo quando não se está à espera, mesmo nada à espera. Porque antes, quem o agarrava, tinha ar de quem preferia ir para a praia, apanhar sol. E eu já estava nessa onda. É a velha história da oferta do chupa-chupa à criança, para a seguir lhe dizer que estavam a brincar. Ninguém gosta, seja em que contexto for. Pior ainda se quem dá para tirar é alguém em quem se confia.

Esta é uma daquelas coisas chatas do fim dos fins-de-semana, quanto mais não seja porque implica dois términos na mesma frase, e isso nunca pode ser bom. Ainda mais quando diz o português que não há duas sem três. Não é o caso, mas há que respeitar a sabedoria popular, e se for para ter cuidado, que seja com o nosso fado. É que o chato destas coisas chatas dos fins é encerrarem hipóteses de correção, pelo menos até a um novo nascer do sol.

Vai-se a ver e ao menos a dissertação está a andar, sem caldo - ups, balde - entornado e rumo a bom porto. Na volta o motor do meu organismo é hidráulico e eu não sabia. 
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