BOHO: Do boémio. Da despreocupação e do gozo que se retira do simples.

Sempre gostei de fazer compras. De comparar tecidos, de ser atraídas pelas cores; de vaguear pelas lojas só para ver coisas bonitas. Se me chateio, a minha primeira tendência é pegar no carro e ir apanhar ar. A segunda é ir até ao Chiado ou até qualquer outra zona com lojas (geralmente, um centro comercial). Não me lembro de alguma vez ter comprado algo num desses momentos, mas cumprem a sua função: distraem-me e prendem-me num mundo sem preocupações. Faço muito disso, confesso. Talvez por esse motivo, quando realmente preciso (ou quero) comprar algo, sei exatamente onde está, quanto custa e que é a melhor opção. Porque já vi, espreitei e voltei a ver todos os seus semelhantes. A mesma razão explica a minha paixoneta por saldos. É muito raro ir lá descobrir algo novo: entro e compro algo que já experimentei vezes e vezes sem conta, só por graça, só por brincadeira, e que agora está a metade do preço. Não me incomoda minimamente revirar tudo até ao último centímetro do espaço, pelo contrário. É da busca que eu gosto, quase como que se de uma caça ao tesouro se tratasse. Isso não significa que aprecie a loucura ou as enchentes próprias desses dias. A verdade, contudo, é que, exceto quando vou a pedido, não entro num centro comercial após o meio dia. Gosto de ver as coisas arrumadas e de não ter de esperar para gastar dinheiro.

Dizer que a BOHO é uma marca não irá propriamente corresponder à verdade. É apenas uma concretização de tudo o que escrevi anteriormente. É a minha forma de estar, espairecer e comprar fechada num círculo, a azul, com um coração, porque é assim que as coisas fazem sentido. Não poderia aqui contar como tudo surgiu, como se houvesse uma data para me ter tornado a pessoa que sou. Não que gostar de roupa me defina, mas faz com certeza parte de mim. Sou aquela pessoa que levam às compras para lhes descobrir o último tamanho daquele modelo que têm na cabeça e que nem sabiam bem que existia. E divirto-me à brava com isso! Lembrar-me de o fazer numa escala ligeiramente maior foi um passo natural. 

A BOHO nasceu a 21 de junho, com o verão e com o meu aniversário de 24 anos e um mês. Está alojada por aqui e à espera da vossa visita. As fotografias giras contaram com a ajuda da Mia, que foi um amor e que nem se queixou quando estava de vestido curto sob um vento terrível, e com o olhar profissional do Diogo. Deles, venho falar-vos mais tarde. 

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