"If I knew yesterday what I know today
Where would I be tomorrow
I won’t let my soul slide away
I’d do whatever it takes
Coz this time’s only borrowed"
É precisamente por saber o dia de amanhã que prefiro fazer companhia à madrugada.
Há lá pior sensação do que a de acordarmos arrependidos por não termos concluído aquilo a que nos propusemos no dia anterior. Nem pensar. Sou pelo custe o que custar, embora não me reveja no doa a quem doer. As coisas aqui seguem uma linha: enquanto não sentir que andei a correr de saltos altos num deserto, continuo. O que, acreditem, não é algo absolutamente estapafúrdio e inimaginável. Há noites (noites!) em que me deito e me sinto acabada, como se um tractor transportador de elefantes me tivesse passado em cima vezes e vezes sem conta. Essas acabaram, que eu estou a ficar velha.
E agora vou ali fazer café - essa coisa de que eu tanto gosto - porque o meu pai se recusou a trazer-mo à sala sem um pedido de desculpas, de joelhos! Interrompi-lhe o Real Madrid.