Não é um post de Páscoa, mas espero que as amêndoas e os chocolates tenham marchado como se não houvesse amanhã

                                                                                                    Nina Dobrev

Já passaram uns dias, deixei que passassem. Achei que a mágoa passava também, mas não passou. Gostava de não levar as coisas tão a peito, e levo. Não que as puxe para dentro; sinto-as aqui, como picadas junto às costelas, um sabor estranho na garganta ou uma vontade incessante de parar de rodopiar, mesmo estando quieta. Custa-me muito engolir em seco a razão, sobretudo por valores de outra ordem que não a minha. Mais ainda conter a sua ingratidão que, na realidade, é apenas fantasia minha no seu antónimo. E nem tem de ser de outra forma, sou eu que o idealizo assim. Porque somos pessoas.

No outro dia comentava, com um grupo de colegas, que aquela história de deixarmos os problemas pessoais em casa, quando vamos trabalhar, é das coisas mais irrealistas que já ouvi. Não que seja apologista do sem controlo desenfreado, ou de uma não identificação dos diferentes tipos de espaços. Todavia, consigo perceber o estapafúrdio do pedido, quando levado ao extremo. Porque somos pessoas. Ora bolas, que chatice. Vamos separar o pessoal da pessoa? Força. Vamos ver o que sobra também. É mais ou menos a mesma história para as relações profissionais: muito cordiais e orientadas para os objectivos e benefícios comuns, é certo. Mas as desilusões, as verdadeiras, são raramente ao nível dos resultados obtidos. E quase sempre, quase, quase sempre, com essa coisa difícil das pessoas.
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