Estou em casa pelos próximos dias, e ainda não sei bem o que isso significa. Sei tudo o que não traz: trabalho, praia, saldos, concertos e luz que não venha de lâmpada. Estou em casa, com sete dias para preencher, e ainda não sei bem o que isso significa. É que, na realidade, não consigo pensar em nada que queira fazer entre quatro paredes, de forma exclusiva. E ver filmes em Julho não é uma opção. Já para não dizer que me deixo sonhar com o outlook ou com as coisas que estão por fazer.
Não fosse eu gostar tanto de férias, nunca as tiraria. O conceito, quando existente por si só, sem espaço ou destino, tende a deixar-me perdida. É claro que, não se assemelhando este período, que tem hoje início, a qualquer coisa que tenha a ver com a liberdade de escolha [e movimentos] associada ao anterior, a sensação só tende a piorar. É mais ou menos como a história que conta que eu adoro dormir, a história que eu conto, mas que acaba por se traduzir em acordares às oito da manhã a um domingo. Uma vez no ritmo, deixo de desligar. E ainda não sei bem o que isso significa: se a doença é no pé hoje, ou na cabeça sempre.