Eu tenho uma ideia

                                                                               Leighton Meester

Todos os dias se gasta pelo menos mais um euro por cabeça. E, convenhamos, o que não faltam em Portugal - sobretudo na grande Lisboa, são cabeças a andar de metro.

Todos os dias mais uma porta que se nos fecha na cara, mais pessoas a tossirem para cima umas das outras e uma data de gente aos encontrões, empurrões e ataques violentos para ver quem arranja lugar sentado. 

Sempre o senhor que entra e canta de uma forma estranha, abanando uma lata onde já não caem moedas.

Mas alguém acha que andar de metro é a experiência mais satisfatória do mundo? Pois que não é. Anda-se porque tem de ser, porque não sendo um euro por dia, seria um euro por hora em parquímetros e afins, ou viagens infinitas de camionetas que não param nos sítios certos. Utiliza-se porque é mais prático, porque é a alternativa, porque é assim que Lisboa está unida, de uma ponta a outra.

Portanto, é claro que quando mesmo com um euro diário por cabeça, de milhares e milhares de cabeças, não chega, só apetece bater com as cabeças na parede - a minha por incredulidade, e a deles para ver se volta a funcionar. Nada contra greves e protestos, cada um tem direito a manifestar-se como bem entende. Só não me parece que fazê-lo continuamente, e desrespeitando milhares de cabeças utilizadoras, seja a melhor solução.

Mania minha esta de achar que nenhum bem maior resulta de tudo isto disto quando tantos e tantos outros saem prejudicados.

É que para a semana são mais duas. A continuar como está, deveriam actualizar as tarifas e incorporar na tabela o Passe Especial Greve. Aquele para os utilizadores mais frequentes, sabem? Para aqueles que levam com isto todas as semanas. Ouçam o que eu vos digo: faria sucesso.
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