Pronto, agora já não consigo parar

A Angelina Jolie já é da praxe: sempre elegante e com pouca necessidade de mostrar muita pele para se afirmar. Adoro a cor, lembra-me uns brincos que usou nos óscares de há dois anos (2 ou 3?), e que já aí lhe caiam lindamente. Todavia, algo no vestido me faz lembrar a Guerra das Estrelas, e não são os pontos brilhantes que alguns criticam - sou totalmente a favor, não acho exagerados. O que me incomoda é o corte à barco em cima, demasiado recto, que lhe dá uns ombros esquisitos. Ou então é da foto, também pode ser da foto.


Já sei que todos adoraram a Anne Hathaway, mas eu dispenso o corte e o tecido. Assim por outras palavras, tinha dado uso ao meu dinheiro num outro trapito. O padrão é o de uma bola de discoteca. Too much. E as costas, por muito que seja um dos decotes mais clássicos e bonitos para se usar, parecem-me exageradas. Por pouco não lhe vemos mais do que gostaríamos.



A Zeta-Jones estaria magnífica, não fosse o penteado demasiado volumoso em cima, que me parece carregá-la com anos que não tem. É claro que o vestido, por mais maravilhoso que seja, tem um tecido que lembra uma carpete. Ou uns cortinados grossos. Mas o corte é fantástico. Corte e cor.


Emma Stone, num nude perfeito. A primeira vez que vi, de frente e numa foto de busto, pareceu-me simples demais, assim a atirar para o pijama. Agora, bem, agora estou apaixonada. Menos é mais, e esta é a prova. Um corte que lhe assenta que nem uma luva, um penteado simples, uns brincos discretos e um sorriso fantástico. Extremamente elegante, não mudava nada.


Gosto da Eva Longoria, o que me torna algo suspeita nesta pseudo-análise. Gosto do vestido, do cabelo, do penteado, das poses. Gosto e pronto. Ainda assim, consigo admitir que a cauda da indumentária tem algo de Morticia Adams, e eu já não fazia associações à família dos mortos-vivos desde que deixei o ensino primário, há muitos, muitos anos. Por mim só tinha ganho se o vestido tivesse sido cortado mesmo por cima do joelho. Mas, bem vistas as coisas, deixava de ser trapito de gala.


Nem vou deixar foto da Halle Berry, que tem tudo para ser uma das mulheres mais bonitas de sempre, mas insite em personificar a Catwoman por onde passa. Agora em versão "gata com véu transparente". A Heidi também me desiludiu: sempre fabulosa, mesmo depois de uma catrefada de filhos. E depois, depois chega à passadeira dos holofotes com uma maquilhagem pessadíssima, pulseiras a mais, um vestido em que não se percebe o corte e uns sapatos que eu espero não terem custado mais de 10 euros. E nha-nha-nha, nha-nha-nha, ai-ai-ai que o lençol que veste é Marc Jacobs. O meu pijama cor-de-rosa com vaquinhas é Primark e eu continuo a achar mais giro.



Vamos simplesmente ignorar a Jennifer Love Hewitt e o seu desfile de eu-sou-um-anjo-com-um-implante-mamário-e-um-vestido-de-corte-pavoroso.
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