Um mapa de memórias


Tenho saudades de viajar. De espreitar o painel onde piscam os voos nos aeroportos, de fazer o check-in e do frio na barriga que me acompanha nas salas de espera. Nunca sei bem o que esperar, mesmo quando o destino já é conhecido. Tenho saudades dos lugares novos, dos olhos curiosos, dos dias que nunca irei esquecer. De Paris, Londres, Madrid, Roma. Das províncias italianas, do verde dos Açores. Da comida, das pessoas, das roupas diferentes, da mistura de línguas, das cores, dos maneirismos e modas. Do diferente. Das últimas horas, cá e lá; da correria das malas que não fecham e das listas dos itens que não devemos esquecer. Os últimos telefonemas, abraços e despedidas. Dos regressos que são começos. Das partidas que não são fugas. Tenho saudades de viajar, de poder ir vendo o que por aí há para ver. Tenho saudades das viagens que pareceram sonhos, dos meus eus que os viveram.

Não há como ir para fora cá dentro, descobrir Portugal e tudo o que de bom tem para oferecer. Mas não há como viver cá dentro tudo o que há além-fronteiras. E há tanto, tanto; tanto por aí. It's [not] a small world after all. Pequenos somos nós, pequenos pontos num mapa que poucos têm a sorte de percorrer, de trás para a frente e de frente para trás.
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