Eu fui!

                                                    Muse, Rock in Rio 2010. Foto de André Costa

Eu fui e gostei tanto! Melhor só tendo conseguido chegar cedo e ter podido gozar até ao fim. Mas que empresa quer saber que haja Rock In Rio à quinta? Quem é que nos vai perdoar os bocejos constantes e a soneira desgraçada? Bem, talvez na SIC sejam um tanto ou quanto mais brandos, mas como eu não faço parte das caras larocas da TV, lá tive que me contentar com um despertar ingrato três horas depois de me ter deitado. Passei a madrugada a jurar a pés juntos que tinha valido a pena, e a manhã seguinte a amaldiçoar-me pelas minhas tristes ideias.

Mas foi Muse. E ver Muse ao vivo é ver Muse ao vivo.

Eu fui e gostei tanto! Cedo sempre à tentação de fechar os olhos a meio de um bom concerto, naquele momento de perfeita comunhão entre artista e público, quanto todos cantam, quando todos sabem as letras, quando todos querem estar ali, mais do que em qualquer outro lugar. E aí sente-se a música como um todo divisível em que os pormenores importam: a batida, a corda da guitarra, a voz do vocalista, a respiração ao microfone, as palmas, o coro. Resmungo e resmungo, mas voltava a ir.

É claro que depois não me consegui mexer.

É claro que ele me trouxe a casa, para que eu pudesse largar o volante e fechar os olhos durante a viagem.

E porque todas estas pequenas coisas foram claras, foi uma noite bem sucedida.

Seguiu-se um sábado de sofá, para devorar "O Pacto", de Jodi Picoult - conversas para uma próxima - e um domingo de trabalho de manhã à noite. Ainda assim, no Zoo, bem perto dos golfinhos e da pequenada.
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