Primavera e chuva.
Na minha opinião, que sou leiga nestas coisas e não andei a estudar o tempo, Primavera e chuva não ligam muito bem. É mais ou menos como comer sandes de manteiga e banana, não faz sentido. O que tenho aprendido nos últimos tempos, nem sempre com facilidade, é que nem tudo tem que fazer sentido; a maioria das coisas, aliás, não segue por essa trilha. Pois que o meu computador, não aceitando estas trocas e balderocas com a mesma naturalidade do que eu, fez birra e decidiu não mais tomar o antibiótico. A gripe de que padecia deu origem a algo muito, muito mais grave, e neste momento, para minha infelicidade, encontra-se em coma profundo. O meu pai vivia na esperança de um dia o voltar a ver iniciar sem complicações. Já eu acabei por o desligar da tomada, porque por muito que aceite que nem tudo tem que fazer sentido, ter uma torre que não emite mais do que um ecrã azul de erro ultrapassa-me. O bom disto tudo é que o convenci a assinar os papéis de dador antes de dar o badagaio, de modo que agora qualquer computador recém-nascido, com dificuldades de processamento, poderá receber as suas peças e vir para junto de mim. É nisso que acredito. É nisso que tenho, profundamente, de acreditar. É que sabem, aqui para nós que ninguém nos ouve, esta coisa que o veio substituir é