Estou, sobretudo, cansada. Ainda hoje é segunda-feira e eu já me sinto em final de tarde de sexta. Exausta, com os olhos vermelhos, os sonos fora de dia e dores de cabeça terríveis. Riam vocês que estão de fora dos stresses quotidianos, que rir é bom e faz bem. Eu reservo esse tipo de coisas para os fins-de-semana...os curtos fins-de-semana. Quero ler e escrever coisas e ver filmes. E apetece-me sair com os amigos, ir a um café, espreitar o cinema. Não há tempo, e quando há, falta a coragem. Não gosto destes textos queixinhas. Há que ter fibra. Mas não há fibra que devolva o tempo que se sente que estamos a perder. E quando se chega aí, e pensamos que o trabalho que fazemos não compensa e é tempo desperdiçado....então, então meus amigos, é porque qualquer coisa não está a resultar. Hoje disseram-me uma coisa engraçada no trabalho: "Eu danço a música que tocarem". Foi numa daquelas conversas, a propósito de devermos dar ao cliente o que ele quiser. Eu cá pergunto, quando a conversa é mais patrão-estagiária: "E se eu estiver cansada demais para dançar?". Tinha um amigo brasileiro que me iria responder: "Querida...aí você dançou!"
